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Ataque no Brasil

 

De todos os casos de vampirismo, um dos mais alarmantes é o de Arnold Paul, um veterano da guerra da Turquia. Ele nasceu em Medvegia, Império Austro-húngaro. Na guerra, foi atacado por um vampiro. Seguiu o vampiro até o cemitério, onde o destruiu, comeu terra da sepultura como método preventivo e, se funcionou em vida, na morte não teve efeito algum. Dom Augustine Calmet menciona em seu livro: “Arnold Paul havia contado uma história reiteradamente; ele havia sido atacado por um vampiro turco, nas imediações do bairro Cassanova, na época pertencente à Sérvia Turca. Estes que haviam sido vampiros passivos durante a vida, se tornavam activos após a morte. Arnold Paul pensou haver se curado comendo a terra da sepultura.”

 

Ao voltar à sua cidade (1727), estabeleceu-se como agricultor. Algum tempo se passou e ele veio a falecer. Após a sua morte, vários ataques a humanos foram registrados. Paul foi visto várias vezes, e pessoas sonhavam com ele. O que torna esse caso mais interessante é a onda de vampirismo que se seguiu a ele, e a ampla documentação feita por especialistas, narrando os desdobramentos advindos, e as pessoas envolvidas. Quarenta dias após sua morte, seu corpo foi desenterrado por cirurgiões do Exército e se encontrava num estado similar à vida. A tez estava rosada e, ao ter o corpo perfurado, o sangue jorrou. Seu corpo foi estaqueado, quando soltou um forte grito. Foi em seguida decapitado e queimado. Outras quatro pessoas atacadas por ele tiveram igual fim.

 

Algum tempo depois, vários casos de vampirismo apareceram na mesma região. O Imperador austríaco instaurou um inquérito presidido por Johannes Fluckinger, cirurgião de regimento campestre. Essa nova epidemia teve início com a morte de uma mulher de sessenta anos chamada Miliza. Logo após, mais dezassete mortes aconteceram, o que levou os oficiais médicos até lá. Essa onda de vampirismo varreu a comunidade. Uma moça de nome Stanoicka teve um pesadelo no qual era atacada por um rapaz de dezasseis anos chamado Millo. Stanoicka teve a garganta estrangulada por Millo em seu sonho, e após isso caiu enferma, morrendo logo em seguida. Possivelmente Miliza havia comido carne de uma rês morta por Arnold Paul cinco anos antes, e sua morte estava desencadeando nova onda de vampirismo.

 

Fluckinger ordenou que os moradores desenterrassem todos os que haviam morrido durante a epidemia. Os oficiais autopsiaram os suspeitos, e para ter certeza outros corpos mortos nesse mesmo tempo e enterrados nas mesmas condições foram desenterrados e também autopsiados para proceder comparações. Dos quarenta corpos, dezassete estavam anormalmente conservados e, claro, os de Miliza, Stanoicka e Millo faziam parte destes. Os três corpos, juntamente com os restantes, pareciam estar em um estado de animação suspensa. Na autópsia, foi detectado um estado de semi-vida, total ausência derigor mortis, pele rosada e lustrosa. Mas o mais impressionante foi o estado dos órgãos internos, irrigados de sangue e intactos, lembrando que a autópsia foi conduzida por médicos treinados e experientes. Importante lembrar também que essa história ocorreu em pleno Iluminismo, e o Império Austríaco era um dos mais avançados do mundo. Tanto foi alarmante o caso que todos os corpos em que a autópsia detectou o vampirismo foram estaqueados, decapitados e queimados por ciganos contratados. Suas cinzas foram jogadas no rio Morava. O caso teve repercussão internacional, saindo manchetes em todo o mundo. Um relatório de Fluckinger foi publicado em 1732 a mando do Imperador. A partir daí a palavra vampiro foi anexada ao vocabulário mundial.

 

Podemos dar uma gama de explicações científicas — físicas, biológicas e médicas — para o estado dos corpos. Mas o curioso é que, por mais que essas teorias possam estar correctas, o que permanece sem explicação é o porquê de as pessoas sonharem justamente com aquelas dos corpos incorruptíveis, e morrerem logo após o sonho — e tudo em uma única aldeia, no epicentro de vários outros casos.

 

Um outro Vampiro surgiu depois (1732), em uma aldeia a poucos quilómetros dos casos já mencionados. Peter Plogojowitz, depois da sua morte, surgiu em sonho para várias pessoas. Logo após, nove pessoas morreram de causa desconhecida, incluindo seu próprio filho. Seu corpo foi exumado. Sangue escorria pela roupa, seus olhos estavam abertos, dando a aparência de que estava apenas repousando e não morto. Foi queimado. Logo após isso, os problemas cessaram.

 

Há um caso no Estado de Goiás, onde um homem conhecido por sua maldade e outros atributos negativos, após sua morte foi protagonista de uma série de eventos fantásticos. O coveiro informou a família que a sepultura do referido senhor havia sofrido várias rachaduras, e sons estranhos eram ouvidos. Algumas pessoas viram o defunto preambulando pela cidade. A apoteose desse relato se dá quando uma parenta do defunto escuta uma algazarra no quintal, mistura dos cacarejados das galinhas e do latido furioso dos cães, e ao abrir a janela se depara com uma cena terrificante, um ser meio homem meio animal se alimentava do sangue de uma das galinhas. Outras já haviam servido a seu banquete. Mesmo com o asco ante o que ocorria, ela consegue divisar naquele ser o seu parente de outrora. Esse fato se deu em pleno século XX.

 

A Inglaterra também protagonizou algo semelhante. No século XII, o sangue comummente encontrado no corpo do suspeito vampiro era atribuído às suas vítimas. Um dos casos mais antigos, narrado por William de Newbury, versa sobre o corpo de um cavaleiro que ao ser exumado estava corado, e repleto de sangue, sem sinais de decomposição, apesar de parcialmente devorado (possivelmente um ato autofágico, fato este que será mais bem abordado no capítulo “Múmias, Egito e alimentação post-mortem”). Newbury chama o cavaleiro de sanguessuga, não usando o nome vampiro, desconhecido na Inglaterra naquela época. Este homem teve morte violenta ao tentar espionar sua esposa adúltera. O morto foi visto vagando pela cidade, e uma peste abateu-se sobre a comunidade. Seu corpo foi queimado, e como por milagre a epidemia desapareceu. Somente em 1823 a Inglaterra aboliu a lei que mandava estaquear os suicidas.

 

Um fato curioso em relação ao fenómeno vampírico é a “morte violenta”, em especial o suicídio. Isso casa perfeitamente com as causas que determinam almas presas à terra após a morte. (Vide o capítulo “Viagem astral, duplo etérico e corpos sutis”).

 

Um caso bastante curioso foi o de Johannes Cuntius. Após a morte do referido senhor, várias ocorrências estranhas tiveram vez. Ele se alimentava das vacas até exauri-las completamente de sangue. Apareceu para inúmeras pessoas, inclusive sua própria mulher. Os habitantes da cidade invadiram o cemitério e destruíram seu corpo. Após isso, as aparições e ataques cessaram. Ao que parece, o responsável pelo estado de Cuntius foi um gato que o arranhou antes de morrer. Esse relato teve a Polónia do século XVII como palco.

 

Na Transilvânia, o professor Emil Petrovici, da cidade de Ohaba, narra a seguinte história passada em 1936: “Um Vampiro (Strigoi) se transformou em um homem jovem e bonito e uma menina jovem se apaixonou por ele. Eles estavam casados, mas a menina também quis um casamento religioso. Ele rejeitou essa idéia. Os pais dela insistiram, e assim ele concordou em ir para a igreja, mas quando saíram de lá, ele olhou de maneira estranha para a esposa, ao mesmo tempo em que arreganhou seus dentes. Ela ficou amedrontada e falou para sua a mãe sobre o ocorrido. A mãe disse, ‘não tenha medo, ele a ama’.” O certo é que o noivo foi apanhado sugando a noiva e foi atirado pela janela.

 

Na época da Revolução Francesa um homem, Moireve, um nobre, protagonizou após sua morte uma série de ataques vampíricos. Ele havia nascido no Irã e mantido contacto com o extremo Oriente, em especial a Índia, de onde provinha sua esposa (atribui-se o seu vampirismo às origens orientais).

Crianças foram suas vítimas; elas tinham marcas de ataque de vampiro. Durante décadas Moireve executou seus ataques, até que, quase um século após sua morte, seu corpo foi desenterrado, e estava em perfeito estado de conservação. Foi estaqueado e os ataques cessaram.

 

Em 1928, em uma aldeia da Grécia, um homem chamado Andilaveris tornou-se Vampiro. Decorrida a sua morte, ele começou a aterrorizar as pessoas. Gente da comunidade, coveiros e o padre local o desenterraram e remeteram o cadáver a uma pequena ilha. Mas assim que lá chegaram, o Vampiro despertou e atacou o padre, jogando sobre ele excremento e toda a sorte de coisas pútridas, mas o grupo controlou a situação e o sepultaram na ilha deserta.

 

Dom Augustine Calmet narra uma carta recebida de um oficial austríaco que servia na Sérvia. Nessa carta, o oficial fala a respeito de uma visita do vice-Rei a Belgrado. O motivo era um caso de vampirismo. Lá chegando, vários parentes do vampiro já haviam sido atacados por ele e mortos.

 

O Vampiro, que havia sido enterrado três anos antes, estava atacando uma jovem moça. Seu corpo foi exumado a mando do vice-Rei. Como de costume, nos casos de Vampirismo, o corpo estava em perfeito estado. Foi esfaqueado com uma barra de ferro, e através da ferida escorreu sangue juntamente com um fluido branco. Ao ser decapitado com um machado, mais sangue esguichou.

 

Os casos de catalepsia são uma hipótese para alguns dos corpos exumados, e dessa forma é explicada grande parte da fenomênica encontrada em cadáveres suspeitos de vampirismo. Uma história muito curiosa narrada por Montague Summers refere-se ao inquisidor geral da Espanha. Na morte do prelado, como de costume, este seria embalsamado. O processo tem início na presença de inúmeros médicos.

 

O cirurgião fez uma incisão profunda no tórax, trazendo o coração até a abertura do corte, mas para surpresa geral o coração pulsou e o Cardeal recuperou a consciência no momento fatal, agarrando a mão do anatomista que segurava o escalpelo. O Vampiro de Highgate é um episódio bastante conhecido. Tudo começou por volta de 1967. Duas adolescentes procuraram Sean Manchester, informando que em sonhos haviam visto mortos retornando à vida, e inclusive uma delas relatou que um ser tentou entrar em seu quarto. Na mesma época, um ser imaterial foi visto vagando no cemitério, à noite, por várias pessoas.

 

Sean Manchester preside o Vampire Reserch Society, em Londres, onde se localiza o cemitério de Highgate. Uma das adolescentes, de nome Wojdyla, desenvolveu sintomas de ataques de vampiro — isso em 1969. Ela estava com anemia, e com marcas de mordida de vampiro no pescoço. O caso do Vampiro de Highgate ganhou o grande público quando um jornal noticiou que havia um vampiro no cemitério de Highgate.

 

Esse fato levou até o cemitério centenas de curiosos, propiciando eventos bizarros, exorcismos públicos, filmes, cerimónias satânicas, desmistificações, prisões de caça-vampiros e mais uma infinidade de coisas estapafúrdias. Mas nem por isso o caso Highgate perde seu interesse. Algum tempo depois, uma outra moça estava sendo atacada pelo vampiro, e ela procura Manchester.

 

Em 1973, o vampiro foi localizado em uma propriedade perto do cemitério, estaqueado e exorcizado. Aparentemente, a história tivera o seu fim, só que por volta de 1980 animais foram encontrados, mortos talvez por um vampiro. Este era fruto do vampiro de Highgate; ele teve o mesmo fim do primeiro, sendo estaqueado e destruído. Relatos de atividades de vampiros surgem em todo o mundo, e alguns bem atuais, como o caso acima.

 

No final da década de 50, o México aprovou uma lei que obrigava os pais a relatar a morte de crianças atribuída às bruxas vampira, e ao que parece a crença nelas se mantém viva até hoje.

 

Março de 2001 — berlinense é presa após atacar várias pessoas na rua tentando sugar o sangue de seus pescoços. Ela gritava que era uma vampira sedenta. Ao ser detida, foi colocada em observação, e ali tentou beber o próprio sangue. Suas vítimas foram uma moça de vinte anos, um garçom e uma senhora de oitenta e oito anos que teve o pescoço cortado.

 

Um caso insólito ocorreu no Brasil, e foi destaque no Mirror de Londres, em 9 de Novembro 1967: uma vampira de mini-saia foi vista na cidade de Manaus. A polícia informou que ela estava deixando a população em pânico. As pessoas que foram suas vítimas a descreveram como uma mulher loira, de mini-saia, usando meias negras. Dois pequenos furos foram encontrados no pescoço, perto da jugular, de uma criança que havia sido sua vítima. Há um relatório de que dos trinta policiais que caçavam a vampira misteriosa, dezassete abandonaram as buscas. Esta narrativa é encontrada no livro Le Livre de L' inexplicable, de Jacques Bergier. Além da narrativa, um paralelo é traçado entre a vampira do Amazonas e as antigas guerreiras amazonas.

 

A lenda das amazonas é grega. Habitavam o Cáucaso e as fronteiras da Citia, perto do Mar Negro, justamente nas proximidades da maior parte dos casos de vampirismo, ou seja, a Grécia e os países do Leste Europeu. O explorador espanhol Francisco de Orellana foi quem descobriu o rio Amazonas, e não só o rio: ele menciona que se deparou com uma tribo de mulheres guerreiras, e então houve um combate entre espanhóis e as “amazonas”. Seria mais uma história fantástica dos descobridores não fosse um detalhe — as iamuricumá, as mulheres guerreiras que cortavam o seio direito para melhor atirar com o arco. Se for uma coincidência, é uma das maiores que já vi. Pois é idêntico ao que as amazonas gregas, de uma cultura quilómetros e séculos distante daquela das amazonas brasileiras, faziam. O relato sobre elas foi colectado pelos irmãos Orlando e Cláudio Villas Boas diretamente das tribos indígenas.

 

A ocultista inglesa Dion Fortune menciona em seu livro Psychic Self Defense alguns casos de vampirismo. Em um deles, uma pessoa foi flagrada em ataques de necrofilia — isso teve lugar na Primeira Grande Guerra, na França. Essa pessoa foi presa, mas devido às influências de sua família foi tratada como um caso patológico. Um primo foi cuidar dele, e logo se estabeleceu uma relação entre os dois. O primo foi atacado no pescoço pelo necrófilo, que sugou o sangue do ferimento. Além disso, havia um vampiro morto, ou seja, um morto-vivo, que, para os responsáveis pelo caso, tinha iniciado o necrófilo no vampirismo.

 

O alvo dos responsáveis foi o morto-vivo, mas como eles não tinham a localização do seu corpo, um iniciado de alto grau prendeu-o dentro de um círculo mágico e o absorveu. Ou seja, o vampiro provou a segunda morte, desligando-se o espírito da Terra. Para Dion Fortune, tratava-se de um praticante de magia negra do Leste Europeu que encontrara a morte no fronte ocidental. Devido às suas técnicas de magia, pôde continuar “vivendo” e, devido ao estado psicológico, o necrófilo era o alvo ideal.

 

Dion Fortune compila um caso do comandante Gould (1869) a respeito dos Berberlangs das Filipinas. Essas pessoas vão até o campo mais próximo, escondem seus corpos e, saindo em astral, executam seus ataques. O senhor Skertchley (a pessoa de quem o comandante Gould citou as histórias) viu os Berberlangs entrarem em uma habitação, e, no dia seguinte, o morador estava morto sem nenhum sinal aparente.

 

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